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  • OpenStack: Tudo que você precisa saber

Osmar 23 de maio de 2023 0 Comments

A digitalização dos negócios já é uma realidade e as empresas que não se adaptarem a essa nova era correm o risco de serem superadas pela concorrência. É cada vez mais comum ouvirmos termos como backup, proteção de dados, computação em nuvem e código aberto em todas as áreas de uma empresa. Esses conceitos combinados proporcionam camadas de segurança para os dados, protegendo um recurso cada vez mais valioso dentro das organizações: a informação.

Uma opção para proteger esses dados é utilizar a plataforma OpenStack. A computação em nuvem é um dos principais fundamentos da transformação digital e permite que empresas que antes não teriam capacidade de investir pesadamente em tecnologia possam competir em pé de igualdade com seus concorrentes mais poderosos.

O que é OpenStack?

Quando se trata de plataformas de nuvem pública, como Amazon, Microsoft e Google, qualquer pessoa pode criar suas próprias máquinas virtuais e infraestruturas isoladas umas das outras. Esses provedores já oferecem opções de virtualização ou plataforma em suas aplicações. No entanto, existem limitações em personalizar soluções de acordo com suas necessidades, ter menos controle sobre a infraestrutura e preocupações com segurança.

No caso de nuvens privadas, é necessário instalar uma solução de virtualização de nuvens privadas para criar vários ambientes diferentes para aplicativos, funcionários, ERPs, etc. Isso é essencial para acesso organizado e rápido aos dados. O OpenStack é a ferramenta ideal para construir nuvens privadas. O objetivo dessa tecnologia é permitir a criação de múltiplos data centers e micro infraestruturas de TI dentro de uma única infraestrutura.

Dessa forma, não é necessário ter um conjunto de servidores dedicados para cada data center que você precisa criar. Tudo é hospedado nos mesmos equipamentos, mas o OpenStack cria data centers virtuais que funcionam da mesma forma que os data centers físicos individualizados. Em outras palavras, embora a parte física do data center esteja unificada, cada usuário pode criar uma infraestrutura isolada, segura e completamente automatizada.

Isso significa que as infraestruturas não se comunicam entre si, havendo isolamento de rede. O OpenStack permite a criação de múltiplas infraestruturas de TI dentro de um mesmo ambiente físico, porém completamente isoladas. Dessa forma, é possível configurar todas as características desejadas para cada data center.

Quais são as vantagens do OpenStack?

Agilidade e Dinamismo

O OpenStack tem como principal objetivo criar infraestruturas de TI de forma rápida e dinâmica. Isso significa que é possível agilizar a criação de infraestrutura, mesmo em casos em que há uma demanda constante de recursos físicos.

Por exemplo, se você está constantemente adquirindo recursos e precisa disponibilizá-los para uso imediato, o OpenStack automatiza todo esse processo, tornando o trabalho do administrador da nuvem mais fácil e ágil.

Personalização

Apesar de ser necessário apenas uma única infraestrutura física, é possível criar vários ambientes diferentes dentro da nuvem privada para diferentes finalidades.

Por exemplo, se sua empresa oferece um aplicativo aos clientes e também possui um sistema de gestão de recursos empresariais, não é necessário criar um servidor físico separado para cada um. Basta criar duas máquinas virtuais distintas com o OpenStack.

No entanto, é provável que o administrador precise configurar cada uma delas de acordo com suas necessidades específicas. Dentro do OpenStack, é possível personalizar as capacidades de processamento (CPU), memória (RAM), armazenamento, rede, entre outros. Além disso, quando for necessário realizar alterações nessas configurações, como aumentar a capacidade de armazenamento de um usuário, o administrador pode fazer isso rapidamente com alguns comandos.

Automação

O OpenStack também permite a automação de algumas tarefas. Por exemplo, caso um aplicativo esteja próximo de atingir o limite de capacidade de armazenamento, o OpenStack pode ajustar automaticamente as configurações para ampliá-lo e evitar interrupções no serviço ao cliente. Além disso, todo o sistema é monitorado automaticamente, alertando o administrador quando alguma capacidade atinge um limite crítico. Dessa forma, é possível saber quando é necessário aumentar a infraestrutura física antes que os usuários sofram com lentidão ou falhas.

Quais são os principais tipos de nuvem?

Existem três tipos principais de nuvem quando se trata de implementação local: nuvem privada, nuvem pública e nuvem híbrida, cada uma com suas características e objetivos específicos. Para ajudar você a decidir qual tipo é adequado para sua empresa, apresentamos um resumo dos três tipos abaixo. Confira!

Nuvem pública

A nuvem pública, como o próprio nome indica, é aquela em que os serviços são oferecidos abertamente por provedores. Não há exclusividade de ambiente, e cada usuário adquire uma parte da infraestrutura. Todos os custos de manutenção e atualização dos servidores são de responsabilidade do provedor, que divide esses custos entre os clientes, tornando o serviço mais acessível e de custo mais baixo.

Esse é o tipo de nuvem mais popular e acessível, permitindo que empresas de pequeno porte tenham acesso a tecnologias avançadas e escalabilidade rápida sem grandes investimentos.

Muitos provedores de hospedagem oferecem planos utilizando esse tipo de nuvem, proporcionando maior escalabilidade e segurança aos clientes. Combinar a computação em nuvem com um painel de controle de hospedagem eficiente eleva o desempenho dos administradores de sites.

Vantagens da nuvem pública:

  • Redução de custos, eliminando a necessidade de gerenciamento de software e hardware, que ficam a cargo do provedor.
  • Empresas de médio ou pequeno porte, que não teriam condições de manter um servidor dedicado, podem ter acesso a tecnologias avançadas e atualizadas sem se preocupar com a gestão.
  • Escalabilidade imediata, permitindo uma resposta rápida às demandas do mercado e tornando a empresa mais competitiva.

Nuvem privada

A nuvem privada, como o nome sugere, é um ambiente exclusivo utilizado por uma única empresa, que é responsável pelo planejamento e gestão de toda a infraestrutura. A nuvem privada pode ser implantada em um servidor dentro da empresa ou em um servidor terceirizado.

Com o uso exclusivo, o gestor da nuvem pode controlar quem tem acesso ao ambiente, mapeando com precisão todos os movimentos realizados na infraestrutura e criando um plano de segurança adequado.

Embora seja mais cara do que o modelo público, a nuvem privada oferece maior personalização, permitindo direcionar toda a infraestrutura de acordo com as demandas de mercado da empresa e até mesmo vender recursos computacionais excedentes para parceiros.

Vantagens da nuvem privada:

  • A empresa pode criar um sistema de segurança adequado com os recursos disponíveis.
  • Alta escalabilidade.
  • Alterações na infraestrutura podem ser feitas de forma flexível, de acordo com as demandas da empresa.

Nuvem híbrida

A nuvem híbrida é uma combinação dos dois modelos mencionados anteriormente, permitindo que empresas que não desejam virtualizar toda a sua infraestrutura ou migrar completamente para a nuvem realizem uma transição gradual.

Dessa forma, o gestor pode aproveitar o melhor de cada solução, reduzindo custos em determinadas áreas e mantendo controle total sobre a gestão de alguns recursos. A empresa pode utilizar a nuvem pública para escalabilidade em períodos sazonais, por exemplo.

Vantagens da nuvem híbrida:

  • Equilíbrio de custos: o gestor pode utilizar o ambiente mais vantajoso para cada momento, otimizando os gastos.
  • Manutenção interna dos dados sigilosos e estratégicos: a empresa pode gerenciar esses dados na nuvem privada, mantendo total controle sobre os recursos.
  • Flexibilidade: essa solução permite combinar ou alternar as funcionalidades dos dois modelos, oferecendo maior flexibilidade para atender às necessidades específicas da empresa.

Quais são os módulos do OpenStack?

O OpenStack é uma ferramenta de gerenciamento de nuvem que busca atender aos cinco critérios de qualidade estabelecidos pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos: rede, recursos agrupados, interface de usuário, provisionamento de capacidade e alocação/controle automatizado de recursos.

A plataforma OpenStack é composta por diversos módulos que desempenham funções específicas:

NOVA: É o módulo responsável pelo acesso e gerenciamento dos recursos computacionais. Nele, é possível realizar programações, criações e exclusões de capacidades.

NEUTRON: Estabelece a conexão entre as redes e outros serviços do OpenStack.

SWIFT: É o módulo dedicado à criação de armazenamento de objetos de dados não estruturados, permitindo o armazenamento e recuperação desses dados por meio de uma API RESTful.

CINDER: Responsável pelo armazenamento de blocos persistentes, tornando-os acessíveis por meio de uma API de autosserviço.

KEYSTONE: É o módulo de autorização e autenticação de serviços do OpenStack, garantindo a segurança e o controle de acesso.

GLANCE: Oferece soluções de armazenamento e recuperação de imagens de discos de máquinas virtuais.

Esses módulos trabalham em conjunto para fornecer uma infraestrutura completa de nuvem, atendendo às diversas necessidades de gerenciamento e armazenamento de dados dentro do ambiente OpenStack.

Como funciona e como implementar o OpenStack em seu negócio?

O OpenStack é um software de código aberto, o que significa que não é propriedade de uma única empresa. O código é desenvolvido colaborativamente por programadores usuários de cada módulo do OpenStack. Conforme eles identificam melhorias necessárias na prática, eles contribuem para o desenvolvimento.

A Red Hat, por exemplo, possui sua versão empresarial do OpenStack, baseada nos códigos desenvolvidos pela comunidade. Essa versão é suportada pela empresa, passa por testes em diferentes modelos de hardware e possui garantia de continuidade em cada versão, seguindo um roadmap.

A natureza de código aberto traz uma agilidade diferente em termos de novidades no OpenStack. Com uma grande comunidade de desenvolvedores engajados, há frequentes lançamentos de novas funcionalidades e recursos na plataforma.

A abordagem de código aberto permite uma inovação rápida e contínua, expandindo cada vez mais as possibilidades de implementação.

No entanto, a implementação do OpenStack é um processo complexo, voltado para um segmento de negócios específico. É indicado para empresas que possuem uma demanda dinâmica na criação de recursos de infraestrutura, como empresas de data center, provedores de serviços de TI e organizações que adquirem servidores com frequência, como bancos, seguradoras e empresas de comunicação.

O OpenStack é tecnicamente complexo e requer uma avaliação detalhada das aplicações que a empresa deseja hospedar, das soluções a serem oferecidas dentro do OpenStack e das automações desejadas.

É necessário realizar uma análise profunda de implementação para planejar o roadmap adequado, o que não é uma tarefa simples. Por isso, contar com o parceiro certo é fundamental para uma implementação bem-sucedida.

Consultoria em OpenStack

É importante ressaltar que o OpenStack não é uma solução adequada para todos os tipos de negócio. Ele é projetado para casos de uso bastante específicos e, na maioria das vezes, embora pareça uma solução abrangente, uma implementação inadequada pode gerar mais problemas do que soluções.

A Kruger Tech está disponível para auxiliar nesse processo de implementação e tomada de decisão. Além disso, podemos sugerir alternativas mais simples para resolver problemas específicos, que não necessariamente envolvem o uso do OpenStack, mas sim outras plataformas ou ferramentas mais acessíveis.

Nossa equipe de especialistas está preparada para entender as necessidades do seu negócio e fornecer orientações personalizadas, buscando a solução mais adequada para suas demandas. Estamos comprometidos em encontrar a melhor abordagem tecnológica para garantir o sucesso de sua empresa.

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